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Via Dino
21/04/18
Segundo o presidente da Starbucks, Howard Shultz, há possibilidades de, a longo prazo, a rede de café incorporar a blockchain como estratégia de negócio.
Investir em tecnologias que proporcionem maior comodidade e melhor experiência de consumo ao cliente, bem como, maior segurança — tanto para o consumidor quanto para as empresas — é o caminho pelo qual têm seguido as grandes varejistas. A tecnologia blockchain, por exemplo, é uma das alternativas que está sendo especulada por algumas companhias, como é o caso da Starbucks, empresa multinacional com a maior cadeia de cafeterias do mundo. Quem destaca o assunto é o empresário do ramo varejista, Rodrigo Terpins.
Em tradução literal, blockchain significa “corrente de blocos”. Trata-se de um grande banco de dados compartilhado, que usa a criptografia para desfrutar de um sistema altamente seguro. A aplicação dela é, principalmente, para transações de criptomoedas — como o bitcoin, por exemplo. No entanto, uma das grandes vantagens, aqui, é a segurança e possibilidade de rastreabilidade de transações, salienta Terpins.
Para ilustrar, a blockchain pode ser comparada com uma espécie de grande “livro contábil”, que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por diversos computadores, explicou em reportagem publicada em fevereiro o site g1.globo.com. “No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores”, escreveu a matéria.
Os benefícios da tecnologia, no entanto, parecem estar chamando a atenção no mercado varejista. No início do ano, em janeiro, na chamada trimestral do investidor da empresa, quem falou sobre ela foi o presidente da Starbucks, Howard Shultz. Rodrigo Terpins reporta que, segundo Shultz, há possibilidades de, a longo prazo, a rede de café incorporar a blockchain e as criptomoedas como estratégia de negócio. A intenção, com a medida, seria melhorar os pagamentos e expandir o relacionamento da empresa com os “clientes digitais”.
“Eu acho que a tecnologia blockchain é provavelmente o caminho no qual um aplicativo integrado da Starbucks poderá ser configurado”, declarou o presidente da Starbucks, segundo o portal criptoeconomia.com.br.
Contudo, não é de hoje que Starbucks costuma abraçar soluções de pagamento de ponta. No outono de 2012, a companhia adotou a Square como o processador exclusivo de todas as suas transações de débito e cartão de crédito, por exemplo — ainda que o relacionamento, depois, tenha se dissolvido, reproduz o varejista Rodrigo Terpins.
Vale destacar, ainda, que a Starbucks está conduzindo a sua primeira “loja sem dinheiro” em Seattle — cidade do estado de Washington nos Estados Unidos — ao adotar pagamentos e tecnologia móvel. Rodrigo Terpins acentua que, de acordo com uma declaração de Schultz na Rede de TV Fox Business, a rede de café, nos últimos cinco anos, criou uma procuração para um sistema de telefonia móvel.
Outras tecnologias em destaque
De acordo com a Empresa Brasileira de Telecomunicações S.A (Embratel), além da blockchain, outras seis tecnologias fazem parte das tendências que já são realidade no varejo e podem trazer grandes mudanças para o mundo. São elas, cita Terpins: a Inteligência Artificial (I.A.), a Internet das Coisas (IoT), os sistemas Analytics, a Segurança Cibernética, a Realidade Virtual e a Realidade Aumentada, e os Drones.
O varejista frisa, ainda, que, conforme a consultoria IDC, as empresas tradicionais têm menos de três anos para acelerar a sua transição para uma cultura digital. Se assim não fizerem, é possível que elas fiquem de fora do mercado ou percam espaço para companhias nativas digitais, alerta e finaliza Rodrigo Terpins.