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Via FIEMGLab
26/02/18
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Harvard (EUA) têm observado a forma com a qual cupins e formigas constroem as estruturas das colônias onde vivem como forma de desenvolver novos métodos e tecnologias para o segmento de construção civil.
A partir dessa análise, surgiu o TERMES Project, no qual foram desenvolvidos robôs-cupins programados para trabalhar juntos, como em um enxame. Com sensores instalados para perceber a presença uns dos outros, as máquinas não têm outra programação fixa ou alguém que as controle em uma central. É por meio dos dispositivos de transmissão de informações que elas percebem os tijolos, os erguem e os colocam nos espaços abertas da obra.
De acordo com Justin Werfel, um dos pesquisadores do projeto, apesar de os robôs-cupins serem independentes, não há perigo de que eles entrem em colapso ou que haja falha em um dos componentes.
“Se um robô individual quebrar, o resto pode continuar a trabalhar normalmente. Não há um elemento crítico que se falhar vai derrubar todo o sistema. Numa visão de longo prazo, equipes robóticas como esta podem construir estruturas para uso humano, com utilidade particular em ambientes onde é difícil ou perigoso para seres humanos trabalharem. E embora isso ainda esteja distante, uma aplicação de curto prazo poderia ser, por exemplo, construir diques com sacos de areia para evitar inundações”, disse em entrevista ao O Globo.
Os cientistas que desenvolveram a tecnologia esperam que futuramente ela possa ser usada também para a construção de estruturas complexas e perigosas como habitats submarinos ou colônias em Marte, mas nada impede que sejam usadas nos processos convencionais de construção de casas, prédios e fábricas.
Para saber mais, assista o vídeo.