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Via Dino
02/04/18
Estudo da Avanade mostra ganho de receitas e vai em linha com tendências citadas pelo Gartner, segundo as quais as ferramentas de análise e inteligência de dados movimentarão um mercado de US$ 22,8 bilhões até 2020.
Empresas que utilizam inteligência de dados tendem a ter receitas até 70% maiores do que aquelas que não investem em tecnologia. Já o índice de ganho de produtividade dos funcionários fica em torno de 78%.
Os dados são de uma pesquisa da Avanade, e vão em linha com outro estudo global, feito pelo Gartner, apontando que para 58% dos CEOs, o crescimento dos negócios é prioridade nas estratégias de 2018 a 2020, o que engloba investimentos em inteligência de dados.
Dentre as áreas na mira das empresas para alcançar tais incrementos de produtividade e receita, estão recursos das áreas de inteligência artificial e dados – estes, um universo em particular que deverá movimentar, segundo o mesmo Gartner, US$ 22,8 bilhões até 2020.
Especialistas da área atestam que tais ondas de investimento seguem uma linha lógica de acompanhamento da Transformação Digital: dados alicerçados por tecnologias de inteligência analítica, como BI e BA, auxiliam na tomada de decisões assertivas, melhorando as ações, atraindo mais público e aumentando as receitas.
O CEO da BIMachine e da SOL7, empresas especializadas em Business Intelligence, Douglas Scheibler, indica que tais tecnologias terão de ser adotadas por empresas de todos os setores para garantir praticidade, ganho de tempo e confiabilidade da informação se o intuito for surfar a onda de crescimento e competitividade dos próximos anos.
Opiniões semelhantes vêm dos próprios usuários. O gerente Administrativo Financeiro da Martiplast, indústria plástica com sede em Caxias do Sul-RS, Daniel Pescador, afirma que o BI mudou a rotina da companhia e alavancou seus negócios.
O Grupo Martiplast, que fabrica em torno de 6oo produtos e comporta as marcas Ou e Yoy, integrou o BIMachine ao sistema ERP que já utilizava, em um projeto que iniciou em 2012, abrangendo as áreas de Comercial e Contabilidade.
“Vimos tanto resultado que, em 2015, houve expansão das análises do BI para todas as áreas da empresa. Com o BI, hoje nossos colaboradores não perdem tempo fazendo relatórios, isso fica com a ferramenta. Eles fazem análises, que realmente impactam as decisões e ações de negócio”, completa Pescador.
Conforme o gerente, antes da inteligência de dados os funcionários precisavam tirar os dados do ERP, lança-los no Excel, formata-los e enviá-los aos interessados. Estes, então, faziam apontamentos e análises, as devolviam aos analistas, e nestes processos muitas eram as idas e vindas até chegar a uma conclusão que possibilitasse tomar uma decisão ou definir alguma ação.
Com o BI, tudo mudou: a coleta de dados e criação dos dashboards para análise passou a ser automática, e os colaboradores ficaram liberados para somente analisar as informações. Decidir e agir se tornaram processos muito mais ágeis no Grupo.
Com isso, a Martiplast obteve, entre outros resultados, controle de inadimplência, de verbas contratuais e de mercadorias a receber, maior estreitamento entre o faturamento obtido X a meta estipulada, gestão da capacidade de expedição, gerenciamento de fornecedores, entre vários outros.
Ganhos que motivaram uma expansão ainda maior na ferramenta: em outubro de 2017, a empresa iniciou a implantação do BIMachine Planning, recurso de planejamento orçamentário da plataforma que agilizará ainda mais um processo na companhia.
Outra indústria que utiliza as tecnologias citadas pelo Gartner e colhe resultados é a Tabone, fabricante de fitas de borda e puxadores, sediada em Caxias do Sul-RS, que tem na carteira de clientes alguns dos principais players moveleiros do país, além de produzir soluções e acabamentos para os mercados de eletrodomésticos, cosmético e automobilístico.
O gestor de TI da indústria, Sandro Hunter, afirma que, após adotar tecnologia de Business Intelligence, a companhia obteve melhoria no processo de análise dos indicadores, maior assertividade na tomada de decisões estratégicas, melhor análise e definição de ações em relação a produção, mercado e concorrência.
Segundo o executivo, a ferramenta foi escolhida após uma seleção de diversas soluções, usando o Método Analítico Hierárquico (MAH). Além do BIMachine, participaram da seleção os softwares Sênior BI (Microstrategy), SA Business Intelligence, da Interact, e Sadig. Pela pontuação do MAH, o BIMachine venceu, atendendo a 10 critérios avaliados e alcançando 11.999 pontos no final.
“Iniciamos o projeto pela área Comercial, com indicador de faturamento e de gestão, e de lá para cá muitas foram as áreas a mais envolvidas pelo BI. Resultado: aprimoramos nossa extração de dados, atendemos à demanda interna de mobilidade e passamos a avaliar os indicadores em qualquer lugar, na palma da mão. Caso necessitemos, podemos utilizá-los em planos de ações a qualquer tempo”, comenta Hunter. “Ganhamos velocidade de feedback das informações de forma proativa”, acrescenta.
Os gestores da Martiplast e da Tabone falaram sobre seus cases de sucesso durante o evento BIMachine Talks, em Caxias do Sul. No encontro, também foi apresentada a BIM Store, uma plataforma de soluções pré-modeladas de negócios para que clientes e parceiros obtenham um roll out de projeto mais rápido e também possam criar novas aplicações com menor gasto de tempo e redução de custos.
Trata-se de soluções modeladas para financeiro, comercial, gestão de carteira de clientes, CRM, entre outros quesitos inerentes a qualquer negócio. Com isso, o cliente pode iniciar projeto baseando-se nestas aplicações, tendo um rollout mais rápido. Em poucas horas, inicia o uso dos painéis, e, mais tarde, pode personalizar, incluir indicadores próprios, tudo com muita facilidade.
A partir do desenvolvimento de novas aplicações sobre a plataforma, os clientes e parceiros podem disponibilizá-las na BIM Store para que outros as adquiram. “Ou seja: a plataforma é, também, uma frente de geração de negócios”, explica Augusto Fleck, CTO da BIMachine.
Apostas da empresa em um mercado promissor: conforme o Gartner, os investimentos em tecnologia totalizaram mais de US$ 3,5 trilhões em 2017 e deverão passar dos US$ 3,7 trilhões em 2018.
Na liderança, estarão soluções de inteligência de dados e mobilidade.
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