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Ok, você tem um ideia!
E agora: quais são os passos necessários para colocar essa ideia em prática?
Esta é um pergunta que instiga (e muitas vezes) faz com que nada seja feito para concretizar uma ideia ! E sem execução, não há como #validar, entender e ajustar as rotas [ eu contei aqui, como validar uma ideia, vale a pena ler ]
Não é nada fácil empreender, assim como também não tem sido fácil conseguir o “emprego dos sonhos”
Atravessamos uma forte crise econômica com impactos diretos em todos os setores ( 2014 a 2016 com diminuição drástica nos empregos no Brasil ) e com isso vimos surgir várias iniciativas com foco em negócios próprios, pela necessidade de manter as contas pagas e a vida em ordem, mas quando começamos a colocar os planos em prática “esbarramos” em dificuldades que tornam complicado o crescimento sustentável de qualquer negócio.
Acredite: não é apenas você quem se sente inseguro ou inquieto sobre uma série de coisas ligadas a este “desafio” ! Uma das características mais fortes no empreendedor de sucesso é justamente lidar com as incertezas, ter iniciativa e ser perseverante!
Acompanhe aqui, quais são os 5 maiores desafios de quem quer empreender!
1.Pessoas: o maior ativo dos #negocios
E não é apenas sob um aspecto que isso conta quando pensamos no impacto em nossos negócios. Normalmente o “start” empreendedor acontece “solo” ! Você tem uma idéia, pensa nela, tenta validar com elementos ligados a sua esfera de conhecimento.
É preciso tomar cuidado para não se fechar numa “bolha” e observar o mundo apenas sob sua própria ótica! Não somos excelentes em todos os pontos da esfera do negócio e é importante reconhecer isso para saber buscar um sócio, parceria estratégica ou gestor que resolva essa tarefa com as “skills” necesssários para o sucesso.
Surge aqui, o outro ponto “sensível” : como escolher os stakeholders ( “a parte interessada” ) certos para o seu negócio?
Não são as “hardskills” ou habilidades técnicas e acadêmicas que dificultam o processo de escolha, mas as “softskills” as habilidades de ordem socioemocional ou habilidades “finas” relacionadas a como as pessoas se relacionam entre os demais colaboradores, os clientes e fornecedores.
Tudo isso interfere diretamente no clima e nas relações com o mercado.
2. Financeiro: o medo da “montanha-russa”
Pensar em $$$$ por si só já costuma gerar medo, insegurança não é mesmo? Junte as notícias sobre a “crise”, as contas pessoais que precisam ser pagas e quando empreendemos temos ainda mais fatores para pensar: os custos para operacionar a criação do negócio levando em consideração a aquisição de recursos físicos e colaboradores, contas fixas relacionadas a infraestrura local ( pode ser uma sala própria, um espaço de coworking locado ) e até mesmo em caso de times remotos, gastos com energia elétrica, internet… tudo deve ser contabilizado.
Entender esses pontos faz parte de criar a Gestão Financeira do seu negócio: é essencial, para manter em ordem e tornar previsível cenários onde será preciso fazer “ajustes” para manter a sua saúde financeira!
3. Burocracias: investimentos, jurídicos e regulações
É fácil abrir negócios no Brasil? NÃOOOOOO!
São impostos e mais impostos, sem falar no tempo (médio) que se leva para abrir uma empresa no Brasil ( em média 80 dias, segundo dados da #endeavor )
E para captar recursos, investimento como obtenção de linhas de crédito? Um excesso de exigências, que dificultam a obtenção de verba, prinicipalmente para quem está no início dos negócios. Sobre este tema recomendo o recém lançado livro do amigo João Kepler, “Smart Money – A arte de atrair investidores e dinheiro inteligente para seu negócio”
Para não perder muito tempo ou se sentir desanimado nesse processo, existe alternativas: uma delas, é procurar linhas de créditos especiais para #empreendedores, disponíveis em alguns bancos ( e se você não compreende muito bem como funciona, é indicado buscar a ajuda de um contador que pode indicar as melhores taxas )
4. Inovação: onde ela está?
Melhores custos e excelente atendimento: esses 2 pontos estão lado a lado no ranking de experiência do cliente.
Quando lembramos destes pontos sensíveis de “percepção de valor” do cliente, estamos mais perto de inovar que imaginamos! Ou seja: a inovação NÃO ESTÁ na plataforma em si, está na tecnologia que permite a plataforma existir, e claro, em resolver pontos sensíveis de uma maneira prática e eficaz alinhada ao que resolve a DOR do cliente/usuário. No entanto, para resolvê-la é preciso vivê-la, ou seja, só acha uma solução real e verdadeira para alguma “dor” quem a viveu na própria pele.
5. Marketing e Vendas
Marketing não é gritar aos 4 ventos o nome da sua marca, mas sim, o conjunto de ações estratégicas com foco na percepção de valor que desejamos gerar para sermos reconhecidos com autoridade e relevância aos olhos do mercado e dos consumidores! O melhor time de marketing que alguém pode criar hoje são seus próprios usuários, os tão conhecidos influenciadores. Descubra e crie seus “early adopters”, aqueles que adoram sair na frente quando o tema é inovação.
E vendas não é necessariamente montar uma loja, um ponto de venda ou um e-commerce e acreditar que por si só os clientes irão surgir.
Acaba sendo uma das “dores” mais recorrentes devido a uma ideia (falha) de que pensar em Marketing é um custo, quando na verdade é o que sustenta a presença assertiva da sua startup no cenário empreendedor.
Outro engano perigoso: ao enfrentar uma “crise” , riscar o investimento em Marketing: em cenário de incerteza quanto menos visto e notado você é, menos lembrado você será!
Como diz a Tatti Maeda ( Consultora de Marketing Digital, com foco em Posicionamento Estratégico )
“O tripé da presença digital está no posicionamento, na presença e relacionamento com seus fãs, clientes e usuários”
A venda está diretamente relacionada com quando, como, quanto e de que forma você está sendo lembrado, desejado e pronto para prestar seu serviço, vender ser produto ou experiência para o cliente!
Não espere que alguém ou mesmo investidor lhe diga qual será o melhor canal de vendas a se criar para o seu negócio, esta é SUA TAREFA. Também não crie novas iniciativas empreendedoras baseadas em canais por você já vividos. Os principais canais de vendas são:
- Equipes Próprias
- Representantes Comerciais
- Distribuidores Independentes (venda direta)
- Dealers (Concessionários)
- Atacados / Distribuidores
- Franquias
- E-Commerce
- Call-center (Telemarketing)
Entender ONDE seu usuário está é essencial!
Qual outra “dor” ou dificuldade você percebe nessa trilha empreendedora?
Acredito que cada um tem sua jornada, possuí dificuldades e dores próprias: comente aqui no artigo! Podemos todos aprender juntos, observando e exercitando o olhar para tentar encontrar soluções práticas para resolver esse ponto! E não deixar que por frustrações pontuais você desanime em relação ao seu negócio!
Continue me acompanhando! Estou sempre compartilhando o que entendo que possa fazer sentido para que nosso ecossistema empreendedor cresça forte e sustentável!
Abraços, e vamos juntos!
Fernando Seabra
Especialista em inovação, empreendedorismo e startups; é Líder do GRI – Grupo de Relacionamento com Investidores do Departamento da Micro, Pequena, Média Indústria e Acelera FIESP. Hoje o maior projeto de integração do ecossistema de Empreendedorismo Brasileiro e maior projeto de incentivo ao investimento anjo em Startups da América Latina.
Participa de diversos processos de avaliação de Startups, entre eles o programa Finep Startup; líder da equipe de analistas do programa Shark Tank Brasil; Mentor do Founders Institute e Professor convidado na FIA – Fundação Instituto de Administração.