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Por Fernando Seabra
Quanto vale sua ideia? | 10 passos para validar com sucesso!
Existe um “espaço” importante entre uma ideia ( imaginação ) e a execução (concretização )
Muitas vezes, queimamos neurônios tentando descobrir algo novo, inovador, que resolva os problemas do mundo com a esperança que isso se torne um produto ou serviço genial no mercado!
Mas não é algo simples assim: idéias valem pouco, o que importa é a sua aceitação. Eu explico: quanto saudável e viável é uma ideia?
De que forma é possível validar algo que não está sendo aplicado, experimentado, conhecido pelo mercado ( e aqui, fica um lembrete: é impossível entendermos se uma ideia é realmente inovadora se não a conhecermos: para quem ainda sente medo como “mas e se eu contar a minha ideia, alguém pode roubar” )
“Uma ideia genial, disruptiva e inovadora que pode ser “roubada” num #pitch ou conversa de 15 min NÃO É genial, nem disruptiva muito menos inovadora”
Como validar uma ideia?
Ao longo da semana, compartilhei em meus perfis ( aqui no LinkedIn – Fernando Seabra, em meu Instagram | @fernando.seabra e Facebook | Fernando Seabra Oficial ) uma série chamada #Validação
Um passo-a-passo prático, facilmente aplicável para validar uma ideia!
Resolvi agrupar as dicas aqui para sintetizar os conceitos e facilitar o acesso as essas informações: assim, você pode montar seu próprio plano e caminhar com mais propriedade e segurança para EXECUÇÃO, criando um #MVP (sigla para “mínimo produto viável” )testes que ajudam na validação prática do seu negócio!
Vamos lá: dando #start ! Acompanhe 10 passos para um #validação de SUCESSO!
- Quem quer seu produto/serviço: você ou o mercado? Pense nisso!
Vá para o mundo, pergunte, questione, saia do seu ego! Os motivos pelos quais as Startups mais falham ainda é estarrecedor. Inacreditavelmente, mas o motivo número 1 dos 20 principais é que 42% de todas que fracassas lançam produtos e serviços que o mercado não precisa.
2. Não gaste tempo com funcionalidades que ninguém quer!
Com todas as possibilidades que hoje temos nas mãos fica fácil exagerar: quais são os reais problemas que precisam ser resolvidos através das funcionalidades que você pode desenvolver? Aqui o MENOS é realmente MAIS. Pense no primeiro MP3 Player, o essencial era somente um gadget que pudesse armazenar e oferecer música on demand, any time, any where. Funcionalidade como horários, joguinhos, e configurações vieram depois. Pense o CORE e só.
3. Crie o > VALOR possível, com o < RECURSO possível!
Recurso = #TEMPO e #DINHEIRO A sua missão é criar o maior valor possível com o menor recurso possível. Validar com muito te leva ao ERRO! Faça + com – ! O ótimo é inimigo do bom, guarde isso! Sabem a tal da LEAN?
“Metodologia que pode te fazer ir mais longe, mais rápido e gastando menos, fazendo apenas o que tem que ser feito na hora em que tem que ser feito” – Luís Gustavo, da ACE.
A metodologia Lean Startup tem algumas semelhanças com o Toyotismo, que é um conjunto de práticas gerenciais utilizado pela Toyota na produção de automóveis entre as décadas de 50 e 70. A estratégia prioriza a redução dos custos que não estão diretamente relacionados à geração de valor para o cliente final e foca em identificar peças defeituosas o quanto antes. Essas técnicas buscam reduzir os custos e desperdícios na produção de bens.
4. Não ofereça o que você quer vender, mas sim o que o #cliente quer comprar!
No mundo dos negócios não importa o que você quer, mas sim o que o seu cliente quer, o que às vezes não é exatamente o que ele precisa .Você deve ser uma ponte para fazer acontecer aquilo que o mercado e os clientes necessitam. Entenda a necessidade do outro lado fazendo parte e vivendo o problema que você quer resolver. Lembre-se: envolver o seu cliente no processo de desenvolvimento não é sinal de fraqueza ou amadorismo, mas sim reconhecimento de que sem ele você não tem razão de existir.
5. Mais importante do que vender a sua ideia, é atender a uma necessidade!
A sua ideia resolve algum problema real? Se sim, toca o barco! Se não, refaça tudo. Uma ideia que não atende a uma necessidade não é funcional.
Satisfazer o Cliente é a Missão do Negócio
Um negócio não se define pelo nome da empresa ou pelos seus estatutos. Define-se pela necessidade que o cliente satisfaz quando adquire um produto ou serviço. Satisfazer o cliente é a missão e propósito de todos os negócios. A pergunta «Qual é o nosso negócio?»pode, portanto, ser respondida apenas olhando para o negócio a partir de fora, do ponto de vista do cliente e do mercado. E a gestão tem de fazer um esforço consciente para obter respostas do próprio cliente em vez de tentar ler-lhe os pensamentos.
Peter Drucker, in ‘«Defining Business Purpose and Mission», The Daily Drucker, 2004’
6. O que seu cliente quer comprar , MUITAS VEZES não é o que ele precisa comprar: se liga nisso!
Entenda ele e saiba a diferença. Comece entregando o que ele quer para no final entregar o que ele realmente precisa. Esta falha mortal e muito comum, quantos que nós não falamos para nós mesmos: “Eu conheço o meu negócio e meu cliente melhor do que ele próprio?” NÃO, VOCÊ NÃO O CONHECE MAIS DO QUE ELE PRÓPRIO. Não seja prepotente a este ponto.
7. VALIDE TUDO: conceito, design, preço e até mesmo o SEU CLIENTE : ele pode ser quem você menos espera!
Sem validação as coisas não acontecem como você imagina. Não se engane! Até o cliente precisa ser validado. Sabe aquele nota de R$ 100,00 esquecida no bolso da calça? Isso mesmo, aquela…. Sempre olhe nos bolsos antes de colocá-la na máquina, você pode ter uma boa surpresa e evitar perder o irrecuperável.
8. Faça Q&A’s , teste A/B e questionários mas não se esqueçam: pessoas MENTEM muito!
Enquanto valida, utilize o seu filtro interno para selecionar o que precisa e o que não precisa. Não esquecendo que as pessoas mentem muito e que você precisa ter consciência disso! Ao envolver o usuário final neste processo, dois comportamentos estão fortemente presentes, 1. “simpatia total” e 2. “sou do contra”. Acredite em todos, mas confie mesmo naquele que põe a mão no bolso e passa o cartão para comprar seu produto ou serviço.
9. Faça a pré-venda do conceito: melhor frustrar alguns “check out’s” do que jogar toda sua ideia no lixo!
Faca a pré-venda ! Não jogue seus sonhos no lixo por precipitação sua! Valide seus conceitos! Isso mesmo, faça seu usuário viver a “jornada do cliente” completa, inclusive validando esta, levando-o até o carrinho de compras e fechando a venda. No final diga com muito orgulho: Produto esgotado, entraremos em contato.
10. ERRE, ERRE, ERRE; rápido e barato! Depois sai caro e o tombo por quebrar seus”ossos” !
Erre rápido! Vai por mim: essa é a forma mais barata de validar negócios.
10 passos para nortear a validação de ideias!
Siga essas orientação e esteja certo: você irá detectar pontos SENSÍVEIS do seu serviço/produto com chance de “pivotar” ( rever e redirecionar sua ideia de negócios )antes de investir um dos ativos mais importantes para qualquer um de nós: TEMPO ! Além de recursos financeiros, energia e concentração na ideação do negócio!
Para concluir, deixo com vocês um insights: mais importante que as ideias, hipóteses ou modelos de negócios, é saber o que é necessário validar, passando por “como fazer isso”e colocando a mão na massa!
Ficou alguma dúvida? Comente e eu volto para responder!
Abraços, e vamos juntos!
Fernando Seabra
Especialista em inovação, empreendedorismo e startups; é Líder do GRI – Grupo de Relacionamento com Investidores do Departamento da Micro, Pequena, Média Indústria e Acelera FIESP. Hoje o maior projeto de integração do ecossistema de Empreendedorismo Brasileiro e maior projeto de incentivo ao investimento anjo em Startups da América Latina.
Participa de diversos processos de avaliação de Startups, entre eles o programa Finep Startup; líder da equipe de analistas do programa Shark Tank Brasil; Mentor do Founders Institute e Professor convidado na FIA – Fundação Instituto de Administração.
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